Imprensa repercute eleição da nova diretoria do Conselho Federal

Imprensa nacional repercutiu a eleição da nova diretoria do Conselho Federal da OAB nessa sexta-feira (31/1). O presidente da Ordem, Beto Simonetti, foi reeleito por unanimidade em cerimônia realizada no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“Agradeço a todos os conselheiros e conselheiras federais que, juntos, compreenderam o significado estratégico da união. A união nos levará a conquistar e a vencer todo e qualquer acinte contra a advocacia. A OAB segue de portas abertas. Viva a advocacia do Brasil”, afirmou Beto Simonetti em discurso após a reeleição.

Junto a Simonetti, foram eleitos Felipe Sarmento (vice-presidente), Rose Morais (secretária-geral), Christina Cordeiro (secretária-geral adjunta) e Délio Lins e Silva Júnior (diretor-tesoureiro).

Em artigo no Estadão, Celso de Mello defende liberdade de opinião jurídica do advogado

Em artigo publicado pelo Estadão nesta quarta-feira (4/12), o ministro aposentado Celso de Mello – ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) – defendeu que o advogado ou qualquer outro operador do Direito não pode ser punido em razão de opiniões jurídicas que reflitam as suas convicções pessoais ou a sua visão doutrinária do tema em discussão. Segundo ele, a punição seria uma afronta aos princípios constitucionais da independência do advogado e de sua consequente liberdade intelectual.

“Não me parece correto punir, tanto no plano administrativo-disciplinar quanto na esfera penal, o profissional do Direito que haja eventualmente incidido em erro, grosseiro ou não, na exegese de qualquer espécie normativa, sob pena de se criar um novo, e absurdo, tipo penal definidor da esdrúxula e inconstitucional figura do denominado crime de hermenêutica”, afirmou Celso de Mello no texto.

O ministro mencionou um caso emblemático ocorrido em 1896, envolvendo Ruy Barbosa – patrono dos advogados brasileiros e do Senado Federal –, em que ele conseguiu que o STF absolvesse um juiz gaúcho “absurdamente acusado de ‘erro de interpretação’ do Direito e de rebeldia jurisdicional”, conforme pontuou Celso de Mello no texto, em face de sua frontal discordância com o entendimento sustentado pelo então presidente do Estado do Rio Grande do Sul, Júlio de Castilhos.

Ao Estadão, Simonetti defende respeito ao cálculo correto aos honorários advocatícios

O presidente nacional da OAB, Beto Simonetti, publicou artigo no Estadão – no Blog do Fausto Macedo – sobre a necessidade do cálculo correto dos honorários advocatícios. Segundo ele, advogadas e advogados de todo o país devem exigir respeito ao cálculo correto de seus honorários em todas as causas, desde aquelas de menor valor financeiro àquelas mais vultosas.

Simonetti lembra que, após intensa atuação da Ordem em 2022, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) deixou explícito que a Justiça deveria respeitar o que está especificado no Código de Processo Civil (CPC), que estipula de 10% a 20% do valor total da causa como valor dos honorários. E em junho do mesmo ano, também em atendimento ao pleito da OAB, o Congresso Nacional aprovou e o Executivo sancionou a Lei 14.365/2022, que atualizou o Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/1994), incluindo em seu texto que o CPC é a referência para o cálculo dos honorários.

O presidente frisa que o resultado do árduo trabalho se mostrou mais uma vez em maio de 2024, com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que reconheceu que a discussão já está equacionada nos termos da lei e da decisão do STJ, em relação aos honorários em causas que não envolvem a Fazenda Pública – área em que a OAB atua para demonstrar que o CPC se aplica.

“Há dois anos, a advocacia conquistava as principais vitórias da história da profissão em relação à remuneração dos serviços advocatícios. Trata-se do reconhecimento, pelos três Poderes da República, do direito de advogadas e advogados a terem seus honorários de sucumbência calculados de acordo com os percentuais fixados pelo CPC e não mais de acordo com a opinião subjetiva do juiz do caso”, afirma. No entanto, Simonetti alerta que nos casos de abusos e desrespeito, a OAB está à disposição para atuar pela classe: “Nossa união em torno das prerrogativas é o que nos fortalece.”